quinta-feira, 16 de setembro de 2010
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Dirty dancing
terça-feira, 7 de setembro de 2010
quarta-feira, 30 de junho de 2010
sexta-feira, 25 de junho de 2010
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Bishop Allen - Flight 180
at rockafella center and
you spread it paper thin
but you were careful not to break a bulb
and then you mirrored it a million fold
to shine
and shine
and shine along
and there's a tap on my knee
bring up your seat back please, she says
but I know she means
if you feel like dancing
dance with me
some of the lights below
shine directly on the people I know
their lives take such strange shapes
but how together they appear from above
I guess that could be love
my friends
my friends
I'm coming home
and then the captain speaks
it's clear and 44 degrees
but I know he means
if you feel like dancing
dance with me
but I been out past the lights
where the jagged black begins
i let my heels sink in the sand
and the ocean sucked it's teeth
and the cold cuts through my feet
and stretched out on and on and on
how disconnected I can feel on the ground
it's like I'm shining all alone
and i don't wanna be
so
before i go to bed tonight
i'll signal up to the passing flight
hit the lights
the lights
the lights
the lights
and now the man in the middle seat
recites the times tables audibly
but i know he means
if you feel like dancing
dance with me
if you feel like dancing
dance with me
quarta-feira, 28 de abril de 2010
The Antlers - Hospice
Hospice, além de se ouvir, lê-se. Ou conta-se. A perspectiva aqui pouco importa. Foquemo-nos antes na ilustração que o primeiro disco dos The Antlers, banda de Brooklyn, nos proporciona. Aqui, uma obra conceptual vai emergindo, a cada segundo que passa, após o mote proposto por “Prologue”, em que tonalidades obscuras ecoam, para que em “Kettering”, segunda faixa do alinhamento, um piano surja em modo apaziguador. A voz de Peter Silberman, a provar o domínio óbvio do falsete, vai contando a estória do homem que se apaixona por um ser moribundo, caminhando a par e passo para um desfecho inevitável. O crescendo e respectiva chegada ao clímax parecem-nos inevitáveis, já com bateria, guitarra e, novamente, ecos à mistura, concluindo suavemente após a explosão indie rock, marco da raiva que vai na cabeça do mentor dos nova-iorquinos.
Há quem faça música porque sim. Silberman não parece encaixar nesse perfil, sobretudo tendo em conta a elaboração minuciosa do guião que nos faz querer acompanhar uma estória com esta carga emocional. “Sylvia”, que poderá ser a musa cancerígena, é o motivo maior do desespero expelido a pulmões abertos, sonoridade de marca deHospice. Aqui crê-se no analógico. Isso ajuda a tornar os acordes mais arrepiantes, apesar de não nos sugerirem outra coisa para além de melancolia ou angústia. Mas pelo menos estamos perante algo genuíno, sem pré-fabricados dissimulados.
Apesar de ser um disco desesperante, não é uma obra negra. Há progressões harmónicas que quase por momentos indiciam um desfecho sombrio, mas uma resolução em modo maior ajuda a afastar o nevoeiro que ameaçava impor-se. É antes um conjunto de canções fúnebres, uma formulação moderna das intenções do requiem. Altera-se a moldura mas o que nos leva a folhear esta música é o mesmo que motivava Mozart a pegar na pena e a desenhar colcheias, mínimas, pausas – é bem mais que isto, mas nunca esqueçam a intenção.
“Bear” apresenta-se enquanto lufada de ar fresco do álbum, mas apenas nos tons. As palavras, essas, seguem desesperantes: “We're terrified of one another/ And terrified of what that means/ But we'll make only quick decisions/ And you'll just keep my in the waiting room/ And all the while I'll know we're fucked”. Silberman enfrascou-se em dramalhões choramingas e dos finais mais dramáticos possíveis e imaginários. Mas se isso foi condição para criar uma obra assim, então que continue a fazê-lo por longos anos – não tantos quanto isso, que os pulsos da gente não duram toda a vida. Só que o eufemismo resultante do paralelismo entre a letra e a melodia bonitinha, bem ritmada, acabam com “Thirteen”, em que a voz de Sharon Van Etten suplica por misericórdia. A sensibilidade presente no tremor da voz, nos suspiros, como quem não tem forças para sequer pronunciar uma palavra, faz desta canção um momento único nos tempos que correm.
“Two”, o single óbvio, traz Arcade Fire à memória, tanto a nível rítmico, melódico, como vocal – e a analogia até é bem-vinda tendo em conta o título do primeiro disco dos canadianos, Funeral. Ámen. Não deixa, por isso, de ser um dos temas marcantes do disco.
Poder-se-ia dizer, por outro lado, que o piano é um elemento determinante no dramatismo ou para as melodias em modo menor que compõem Hospice. Não nos limitaremos a isso. A ambiência provém sobretudo doutro lado, tem outra forma. São os sons suspirantes que polvilham todo o disco que ajudam a edificar o drama, por assim dizer. São as reverberações extremas, os falsetes de Silberman, as dissonâncias calculadas e os crescendos épicos que contribuem igualmente para o cenário sonoro da estória. E que bem tocam esta estória, os Antlers…
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Sometimes I wish we were an eagle
The leafless tree looked like a brain
The birds within were all the thoughts and desires within me
Hoppin' around from branch to branch, or snug in their nests listenin' in
An eagle came over the horizon and shook the branches with its sight
The softer thoughts: starlings, finches, and wrens
The softer thoughts, they all took flight
The eagle looked clear through the brain tree, emptying thoughts saved for me
Maybe I'll make this one my home, consolidate the nests of the tiny
Raise a family of might like me
Then something struck him, wings of bone
Sweet desires and soft thoughts were all gone
The eagle shrieked, "I'm alone"
Well it was time to flee the tree
The eagle snuck up on the wind one talon at a time
Being sky king of the sky, what did he have to fear
All thoughts are prey to some beast
All thoughts are prey to some beast
Sweet desire and soft thoughts, return to me
Sweet desire and soft thoughts, return to me