segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Como acabar com o stress (episódio 2) - No elevador

Dando resposta à insatisfação causada pela recusa inicial do autor em continuar a saga, o que deu origem a vários ataques terroristas no Iraque e a um furacão na América Central, (entre outros), bem como a algum empenho deste em demonstrar que escreve melhor que o Nick Cave, é publicado agora o segundo episódio desta comovente e completamente desnecessária série!

Qualquer viagem de elevador apresenta uma quantidade infindável de riscos e situações stressantes. Basta ver das questões que nos assaltam sobre a estabilidade do cabo de sustentação, desconforto causado por higiéne pessoal pouco cuidada dos companheiros de infortúnio, sem ser necessário referir todo o horror claustrofóbico a que qualquer viajante de elevador se encontra sujeito.

Imbuido de todo o espirito de serviço público, aceitando todos os riscos a que se vê exposto, (incluindo comentários à capacidade literária de Nick Cave que farão perigar a sua vida), o autor apresenta agora uma série de dicas para acabar com o stress no elevador -essa traumática experiência!

1) Quando estiver apenas uma pessoa no elevador, toca-lhe no ombro e finge que não foste tu.

2) Carrega no botão e finge que te deu um choque. Sorri e faz novamente isso.

3) Pergunta para que andar a(s) pessoa(s) vai(ão) e carrega no botão errado.

4) Liga para uma Linha de Apoio Psicológico a partir do telemóvel e pergunta-lhes se eles sabem em que andar te encontras.

5) Mantém as portas abertas e diz que estás à espera de um amigo. Passado um bocado, deixa-as fechar e diz, falando sozinho: "Hey Gaspar. Como estás?"

6) Deixa cair uma caneta e espera que alguém a vá apanhar. Então grita: "É minha!!!"

7) Leva uma máquina e tira fotos de toda a gente.

8) Se puderes mete a tua secretária no elevador. Sempre que alguém entrar, pergunta se têm hora marcada.

9) Coloca o tapete do jogo "Twister" no chão e pergunta se alguém quer jogar.

10) Coloca uma caixa no canto e quando alguém entrar, pergunta se houve um "tique-taque".

11) Finge seres um assistente e revê os procedimentos de emergência com os passageiros;

12) Pergunta: "Sentiste isto?"

13) Coloca-te mesmo junto a alguém e cheira-a ocasionalmente;

14) Quando as portas fecharem, diz aos restantes: "Está tudo bem. Não entrem em pânico. Elas voltam a abrir."

15) Enxota moscas invisíveis;

16) Pergunta às pessoas se querem ver o teu rabo;

17) Anuncia "Abraço de Grupo!!!" e depois força o mesmo;

18) Geme, gesticula, bate com a cabeça na parede e murmura: "Calem-se! Calem-se todos! Deixem-me em paz!"

19) Abre a tua pasta ou mala e enquanto olhas para dentro dela, pergunta: "Tens ar suficiente aí?"

20) Mantém-te silencioso e sem te mexeres, no canto, virado para a parede, sem saíres do elevador;

21) Fica a olhar para outro passageiro durante um bocado e depois diz com uma expressão horrorizada: "És um deles!" e recua lentamente.

22) Leva uma marioneta na mão e usa-a para falares com os outros passageiros;

23) Ouve as paredes do elevador com um estetoscópio;

24) Sempre que alguém carregue num botão, emite um som de explosão;

25) Fica a olhar para outro passageiro durante algum tempo e depois diz contente: "Calcei umas novas meias hoje."

26) Desenha um pequeno quadrado no chão, com giz e avisa os outros passageiros: "Este é o MEU ESPAÇO PESSOAL."

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Como acabar com o stress (episódio 1) - Plácidos domingos

(Retirado já não me lembro de onde!)

Não sei se sou eu, mas sempre que entro numa loja qualquer no intuito de passar o tempo , dirige-se à minha pessoa, qual abutre esfaimado, um funcionário. Eu finjo que não o vejo, mostro-me interessadíssimo na nova colecção de peúgas natalícias e penso: "que ele não pergunte, que ele não pergunte...." E ele, claro, pergunta com um ar educado: "Precisa de ajuda?" Mas quem é que precisa de ajuda para apreciar pacatamente peúgas com temas natalícios bordados à mão?! E o que mais me irrita, é que me vejo sempre forçado a fazer um sorriso amarelo, com um ar muito simpático, e a dar sempre a mesma resposta: "Não, não, obrigado! Estou só a ver!..."
Podia munir-me de um gravador e, sempre que me deparasse com esta pergunta, premia a tecla "play" e ouvir-se-ia pela loja inteira um "Não, não, obrigado! Estou só a ver!..." entoado artisticamente pela minha voz!
Mas existe uma forma inteligente e mais divertida de me escapar a responder fatidicamente sempre a mesma coisa! De seguida podem ler, não só essa forma, como outras maneiras de fazer passar o tempo desses plácidos domingos!


1. Quando um funcionário te perguntar se precisas de ajuda, começa a chorar, a arrancar desesperadamente generosos punhados de cabelo e grita: "Porque é que vocês não me deixam em paz?!?!!?!?"

2. Programa os despertadores para tocarem de 5 em 5 minutos.

3. Vai ao apoio a clientes e pergunta se te podem reservar um pacote de M&Ms.

4. Monta uma tenda na secção de campismo, diz aos outros clientes que vais passar a noite por lá. Convence as pessoas a trazerem almofadas da secção têxtil a juntarem-se a ti, e guturalmente grita: "FESTA PIJAMA!"

5. Encontra uma câmara de vigilância e usa-a como espelho enquanto tiras macacos do nariz.

6. Procura uma faca de trinchar bem afiada. Leva-a contigo durante todo o percurso das compras e vai perguntando aos funcionários se ali vendem anti-depressivos.

7. Desliza pela loja com um ar suspeito, enquanto cantas o tema da "Missão Impossível".

8. Esconde-te atrás da roupa que está exposta em cabides e quando alguém estiver a ver os artigos grita "ESCOLHE-ME! LEVA-ME PARA CASA!"

9. Quando alguém anunciar seja o que for no altifalante, deita-te no chão, em posição fetal, e grita: "NÃÃÃO! As vozes! Outra vez as vozes!"

10. E, por fim: Vai ao provador de roupa. Fecha a porta, aguarda um minuto e depois grita: "Onde é que está o papel higiénico????!"

Ou então, não sigam o meu exemplo e arranjem uma vida...

Eh! Eh! Eh!

Ela passou o primeiro dia empacotando todos os seus pertences em caixas,
engradados e malas.

No segundo dia, ela chamou os homens da transportadora que levaram a
mudança.

No terceiro dia, ela sentou-se pela última vez na bela mesa da sala de
jantar, à luz de velas, pôs uma música suave e deliciou-se com uns camarões,
um pote de caviar e uma garrafa de Chardonnay.

Quando terminou, foi a cada um dos aposentos e colocou alguns pedaços de
casca de camarão besuntados com caviar nas cavidades dos varões das
cortinas. Depois ela limpou a cozinha e foi.

Quando o marido retornou com a nova namorada, tudo estava um brinco nos
primeiros dias.
Depois, pouco a pouco, a casa começou a feder.
Eles tentaram de tudo: limpando, lavando e arejando a casa.

Todas as aberturas de ventilação foram verificadas à procura de possíveis
ratos mortos, e os tapetes foram limpos com vapor.

Desodorizantes de ar e ambiente foram pendurados em todos os lugares.

A empresa de combate a insectos foi chamada para colocar gás em todos os
canos. O serviço levou dias para ser concluído. Durante esse período
eles tiveram de sair da casa e no fim ainda tiveram de pagar para substituir
o caríssimo tapete de lã.

Mas nada funcionou!

As pessoas pararam de visitá-los...

Os funcionários das empresas de reparações recusavam-se a trabalhar na
casa...

A empregada demitiu-se...

Finalmente, eles não suportavam mais o fedor e decidiram mudar-se.

Um mês depois, apesar de terem reduzido o valor da casa em 50%, eles não
conseguiram um comprador para a casa fedorenta.

A notícia espalhava-se, e nem mesmo corretores de imóveis locais devolviam as chamadas.

Finalmente, eles tiveram de fazer um grande empréstimo do banco para comprar
uma casa nova.

A ex-esposa ligou para o marido e perguntou como andavam as coisas.
Ele disse a ela o martírio da casa podre.
Ela escutou pacientemente e disse que sentia muitas saudades da casa antiga
e que estaria disposta a reduzir a parte que lhe caberia do acordo de
separação dos bens em troca pela casa...

Sabendo que a ex-mulher não tinha idéia de como estava o fedor, ele
concordou com um preço que era cerca de 1/10 do que valeria a casa...
Mas só se ela assinasse os papéis naquele dia mesmo.

Ela concordou e, em menos de uma hora, os advogados deles entregavam os
documentos.

Uma semana depois, o homem e sua namorada assistiam, com um sorriso
malicioso, os homens da mudança empacotando tudo para levar para a sua nova
casa...
..
.. incluindo os varões das cortinas !!!!!!!!!!!!!!!

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Gatos, gatos e mais gatos...

Em homenagem à minha única leitora (espero que ainda continue a ser), o desafio é tentar encontrar nomes de bandas ou de músicas com "gato","Cat(s)", "chat" o nome desta simpática familia de felinos em qualquer idioma:

Começo com três:
- Cat Power - vulgo Charlyn Marie Marshall; vulgo ainda Chan Marshall;
- Cat-a-tac - de Denver, Colorado, formados em 2003 e extintos em 2008;
- Ugly Casanova - Cat Faces!
.....

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Lobo



Toda a minha vida, sempre te conheci. Lembro-me de te ouvir ao final da tarde, há mais de 25 anos! Depois às tantas da noite! Lembro-me da tua voz tão baixa, sem conseguir perceber os nomes que dizias. Comprava cassetes só para te gravar. Ouvia-te até a fita estragar. Depois a XFM, a Radar, a hora do lobo, o lança-chamas, SOS Radar, Viriato 25, ...!

Vimos o concerto do Steve Wynn juntos, no Johnny Guitar, há mais de 20 anos, lembras-te??

Deste-me Bauhaus, Joy Division.... Foram as primeiras t-shirts de bandas que tive -as ondas do Unknown Pleasures e as caras do Mask. O que me fez o que sou, foi por te ter conhecido!

E os Xutos?! Nem sei quantos concertos vimos juntos!

Ainda ontem te ouvi. Ouço-te agora. Vou ouvir-te sempre. Toda a minha vida!

Take care!

No Children


John Darnielle fundou os Mountain Goats em 1991, com o 19º (creio) album lançado este ano. Classificado como "low-fi" auto intitula-se como "bi-fi" e eu não faço a minima ideia porquê! :-/. A New Yorker Magazine classifica-o como o "America’s best non-hip-hop lyricist". Em Junho de 2006, a revista Paste classificou-o como um dos "100 Best Living Songwriters".

O melhor exemplo (digo eu!) é a letra de "No Children", absolutamente genial pelo seu cinismo. Adoro! Aqui vai!



"I hope that our few remaining friends
Give up on trying to save us
I hope we come up with a failsafe plot
to piss of the dumb few that forgave us
I hope the fences we mended
Fall down beneath their own weight
And I hope we hang on past the last exit
I hope it's already too late
and I hope the junkyard a few blocks from here
Someday burns down
And I hope the rising black smoke carries me far away
and I never come back to this town again
in my life
I hope I lie
and tell everyone you were a good wife
and I hope you die
I hope we both die
I hope I cut myself shaving tommorow
I hope it bleeds all day long
Our friends say it's darkest befor the sun rises
We're pretty sure they're all wrong
I hope it stays dark forever
I hope the worst is'nt over
I hope you blink before I do
and I hope I never get sober
and I hope when you think of me years down the line
you can't find one good thing to say
and I hope that if I found the strength to walk out
You'd stay the hell out of my way
I am drowning
there is no sign of land
your are coming down with me
Hand in unloveable hand
and I hope you die
I hope we both die"