sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Eh! Eh! Eh!

Ela passou o primeiro dia empacotando todos os seus pertences em caixas,
engradados e malas.

No segundo dia, ela chamou os homens da transportadora que levaram a
mudança.

No terceiro dia, ela sentou-se pela última vez na bela mesa da sala de
jantar, à luz de velas, pôs uma música suave e deliciou-se com uns camarões,
um pote de caviar e uma garrafa de Chardonnay.

Quando terminou, foi a cada um dos aposentos e colocou alguns pedaços de
casca de camarão besuntados com caviar nas cavidades dos varões das
cortinas. Depois ela limpou a cozinha e foi.

Quando o marido retornou com a nova namorada, tudo estava um brinco nos
primeiros dias.
Depois, pouco a pouco, a casa começou a feder.
Eles tentaram de tudo: limpando, lavando e arejando a casa.

Todas as aberturas de ventilação foram verificadas à procura de possíveis
ratos mortos, e os tapetes foram limpos com vapor.

Desodorizantes de ar e ambiente foram pendurados em todos os lugares.

A empresa de combate a insectos foi chamada para colocar gás em todos os
canos. O serviço levou dias para ser concluído. Durante esse período
eles tiveram de sair da casa e no fim ainda tiveram de pagar para substituir
o caríssimo tapete de lã.

Mas nada funcionou!

As pessoas pararam de visitá-los...

Os funcionários das empresas de reparações recusavam-se a trabalhar na
casa...

A empregada demitiu-se...

Finalmente, eles não suportavam mais o fedor e decidiram mudar-se.

Um mês depois, apesar de terem reduzido o valor da casa em 50%, eles não
conseguiram um comprador para a casa fedorenta.

A notícia espalhava-se, e nem mesmo corretores de imóveis locais devolviam as chamadas.

Finalmente, eles tiveram de fazer um grande empréstimo do banco para comprar
uma casa nova.

A ex-esposa ligou para o marido e perguntou como andavam as coisas.
Ele disse a ela o martírio da casa podre.
Ela escutou pacientemente e disse que sentia muitas saudades da casa antiga
e que estaria disposta a reduzir a parte que lhe caberia do acordo de
separação dos bens em troca pela casa...

Sabendo que a ex-mulher não tinha idéia de como estava o fedor, ele
concordou com um preço que era cerca de 1/10 do que valeria a casa...
Mas só se ela assinasse os papéis naquele dia mesmo.

Ela concordou e, em menos de uma hora, os advogados deles entregavam os
documentos.

Uma semana depois, o homem e sua namorada assistiam, com um sorriso
malicioso, os homens da mudança empacotando tudo para levar para a sua nova
casa...
..
.. incluindo os varões das cortinas !!!!!!!!!!!!!!!

1 comentário:

S. disse...

Xi!!! Por que é que eu não li isto antes?