- Epá, tu lembras-te do Jack?
- Nem me digas nada. Esse tipo era uma besta, pá!
- O gajo morreu...
- A sério? Um tipo tão porreiro. Mas como é que isso aconteceu?
- Nem vais acreditar. Conheces aquela curva da estrada em frente a minha casa, não é? Imagina que o tipo vinha a conduzir, perdeu o controlo do carro, enfiou-se pelo meu jardim adentro, destruiu a minha plantação de begónias, bateu na minha fonte com o miúdo a mijar e saiu projectado pelo pára-brisas. Foi tal a violência que o tipo atravessou a porta envidraçada da minha sala...
- Porra, que maneira de morrer...
- O gajo não morreu! Levantou-se todo cortado de vidros, a cambalear e foi contra a cristaleira onde tenho a minha colecção de galos de Barcelos e de dálmatas de loiça. A cristaleira caiu-lhe em cima...
- Porra, morrer esmagado...
- O gajo não morreu, pá! Arrastou-se debaixo da cristaleira até à cozinha e tentou por-se em pé a agarrar-se aos armários. Acabou por puxar o faqueiro onde tenho as facas de trinchar e caíram-lhe todas em cima. Ficou com 14 facas cravadas no corpo...
- Porra, que morte dolorosa...
- O gajo não morreu pá...
- Espera lá! Mas como é que ele morreu?
- Abati-o a tiro!
- O quê?? Mas tu deste-lhe um tiro?
- Epá, teve de ser! O gajo estava a destruir-me a casa toda!
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