terça-feira, 29 de novembro de 2011

Quero pedir desculpa pelos maior sequência de imbecilidades da história da blogosfera que foram os meus três últimos posts e, antecipadamente, pelo que se vai seguir, ou então, porque é que eu não devo escrever sobre sexo

Não vou dizer que era um sitio qualquer, num dia qualquer. Foi hoje que aconteceu, aqui mesmo, em Coimbra,   no restaurante deste hotel.


Carla entrou na sala de jantar. Entrou com o seu peito generoso a ameaçar saltar do seu vestido preto. O seu traseiro empinado desviava as conversas de todas as mesas. Os homens paravam as suas conversas sobre temas fúteis como golfe ou a casa dos segredos. Continuei a jantar, sem levantar os olhos. Aqueles de vós que percebem a atenção que é necessário dispensar a uma orelha de porco em molho vinagrete sabem que é necessário estabelecer prioridades pelo que continuei a olhar para o prato.


O estranho interpôs-se no caminho dela. Olhou-a nos olhos. Carla tinha sardas à volta dos olhos, desde criança. O estranho também tinha olhos.


Era um homem de estatura alto, bem constituído. Tinha quase um metro e noventa e diria, pelo que me era dado observar desde a mesa do canto, entre garfadas de tripas à moda do Porto, uns 80 quilos.


- Vamos fumar lá fora? perguntou ele.


- Não fumo, mas acompanho-o num chupa-chupa -respondeu Carla, admirada pela audácia do estranho.


Foram para a varanda. Enquanto Carla observava o homem, aproveitei para me servir de um brigadeiro da mesa do centro da mesa, colocando-me de modo a ouvir a conversa deles, acidentalmente.


- Nunca a tinha visto neste hotel.... -disse ele.


- É a primeira vez que aqui estou. Gosto muito desta vista sobre o rio Mondego. - respondeu-lhe ela enquanto fazia um ar de gatinha aborrecida a morder o lábio.


- Que se passa? Parece-me triste e ausente. É por não estar a ver o jogo do Sportem? - perguntou ele.


- Não. Não gosto de futebol.


Carla apoiou-se no corrimão. Inclinou o tronco para a frente de modo a que o seu rabo resplandece-se ao luar. O estranho agradava-lhe. Parecia-lhe bem proporcionado. Ninguém os podia ver na varanda, se me ignorassem a mim, que tinha mudado de mesa para tomar o café. O homem sentiu um entumescimento dentro dos seus boxers Abanderado.


- Agora com o Domingos até têm jogado bem... - disse ele.


Carla sentiu a brisa da noite levantar-lhe a saia e deixar à mostra as suas cuecas de renda. O ar da noite esforçava-se por arrefecer o desejo por aquele homem que sentia crescer dentro de si.


- Olhe que se constipa... - disse-lhe ele.


- Oh, cale-se por favor e possua-me imediatamente. -ordenou-lhe ela de respiração ofegante, enquanto soltava os seus seios para fora do vestido, enquanto mostrava a sua depilação completa.


O homem corou, gemeu e encolheu-se.


- Oh, desculpe. Sujei-me todo... respondeu ele. E correu para dentro o hotel agarrado às calças molhadas quase chocando comigo no meu caminho para o elevador.


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Carla: Tu gostas muito de me colocar nestas situações, não é?
Jack: Desculpa lá, Carla, mas estás a falar de quê? Eu sou só o narrador nesta história.
Carla: Já é a quarta ou quinta história que imaginas em que me metes com os calores e acabas sempre por me dar com grandes desilusões. Agora arranjas-me um com ejaculação precoce. Fazes de mim um manequim. Quem me dera estar na cabeça do AD! Ele é muito mais sensível e trata muito melhor as personagens femininas ! E eu não me chamo Carla, foda-se! (1)
Jack: Desculpa lá, mas tu és muito mal agradecida. Para tua informação tinha preparada uma cena com flashbacks aos teus treze anos e à violação que foste alvo por parte daquele bando de motoqueiros. Ia dar uma imensa riqueza dramática à tua personagem.
Carla (talvez!): O teu problema é que não consegues lidar comigo. Eu represento o teu lado feminino e tu nunca irás aceitar isso. Vais tentar sempre colocar-me em situações ridículas... 
Jack: Pronto! Já cá faltava a história do meu lado feminino. Já te expliquei que a minha gaveta com lingerie feminina é porque gosto de sentir o toque da seda e da renda na minha pele. Será que nunca vais perceber isso? Bolas, pá!!!
Carla (digo eu!): Não vais amuar, pois não? Sabes o que é que tu és? Uma criança grande, birrenta e mal educada que amua quando não fazem o que tu queres.
Jack: Pára com essa merda. Não sou nenhuma criançola, não sou, não sou e não sou! Toma! E sabes que mais? Tinha uma cena lésbica tórrida preparada para ti e, só por causa disso, já não entras!
Carla (é possível!): Oh! Promessas que não dão em nada! Como daquela vez em que tinhas as duas Suecas a atirarem-se a ti e não conseguiste por o jaquezinho...
Jack: Eh! Pára com isso, se fazes favor. Já estou a ficar farto de ti.
Carla (não tenho a certeza!): Ah sim? E o que vais fazer, hein?


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Carla preparou-se para voltar para dentro. Ajeitou o vestido e, enquanto encolhia os ombros em sinal de resignação, avançou em direcção ao restaurante. Paciência, pensava ela, mesmo antes de pisar a mina anti-tanque. Pedaços do seu corpo decepado caíram ao rio Mondego onde as piranhas, os tubarões e os crocodilos acabariam por demonstrar toda a efemeridade da sua beleza. 




(1) http://pardonmeihavesomeonetokill.blogspot.com/2011/08/carla.html

1 comentário:

AD disse...

Oi? Se aquele ali referido sou eu então insisto que te retractes - e com isso não estou a dizer que tires uma fotografia a ti próprio em frente ao espelho da casa de banho e a coloques como fundo no ambiente de trabalho como um colega meu fez. Eu não sou sensível nem tampouco trato bem as personagens femininas, sejam elas fictícias ou de carne e osso. E a prová-lo estão as 18 cartas com relatos "verídicos" que já enviei ao fórum da Penthouse (sob o nome Horácio E. do Carregado).